sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Talvez o certo, não seja perfeito



- É só você que eu quero, entendeu? – Ele disse, olhando fixamente para meus olhos que se enchiam de lágrimas.
- Mas e ela? Eu sei que tem outra, você não perde tempo; nunca perdeu. Talvez ela seja muito melhor pra você do que...  – Não pude terminar, pois naquele momento, ele deu um meio sorriso e colocou o dedo indicador sob meus lábios, num pedido de silêncio.
- Xiiiu, garota boba. Sempre tirando conclusões precipitadas... Ela é bonita, divertida, mas nunca será você. Você, com essa mania de me contrariar, esse jeito ousado, mas sensível de encarar o mundo. Você, com todos os defeitos e com todas as manias me conquistou. É você que eu quero. Sei que não acredita no amor, mas, fiquemos em silêncio. – Ele parou de falar por algum tempo, depois exibiu seus dentes levemente desalinhados e perfeitamente brancos, num grande sorriso. E disse:
 – Você consegue escutar seu coração batendo aceleradamente contra seu peito? – Fiz que sim com a cabeça. – É, eu também. E isto basta, não é? Sempre dissemo-nos que enquanto tivéssemos isto, seria suficiente. Eu te pergunto, ainda é? Sei que você me ama, por mais que negue. Seus olhos dizem o que sua boca não consegue dizer. – Ele pegou em minha mão. – Enquanto estivermos ligados um ao outro de alguma maneira, enquanto você invadir meus pensamentos à noite, provocar meu ciúme, minha ira; enquanto eu habitar seu coração, estaremos amando. Sempre estarei com você, seja fisicamente ou em suas melhores lembranças, assim como você sempre estará comigo. E enquanto tivermos isso, teremos tudo!
Outra lágrima escorreu por meu rosto, mas desta vez era de felicidade. Eu não precisava dizer mais nada, ele havia dito tudo. Então apenas sorri.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Então, o que te traz felicidade?


Será que precisamos realmente seguir arisca o que a sociedade impõe? Quer dizer, você nasce, cresce, amadurece, apaixona-se, casa-se e morre?
Cresci ouvindo (da sociedade inteira) que a fórmula para uma vida feliz e completa é ter um bom emprego, ter um corpo capaz de causar inveja (lê-se: magro, mas com curvas, sem nenhuma celulite, sem estrias e de preferência, com tudo durinho), ser vaidosa, ter um bom marido, ter em média dois filhos e um cachorro, e morrer rodeada por netos e bisnetos.
Nunca aceitei muito esse script. Então quer dizer que se eu não quiser ter filhos nem casar-me, tiver aversão a cachorros, ser gordinha e pouquíssimo vaidosa, serei menos feliz? Se eu quiser viajar pelo mundo, conhecer, explorar, realizar aqueles sonhos de quando se é criança e se acha que pode abraçar o mundo, estarei sendo insensível ou insana? Então quer dizer que a felicidade não é algo particular, é algo imposto, como se fosse uma receita. Faz-se felicidade acrescentando filhos a uma tigela com marido e mexendo-se bem, até isto engrossar, depois se coloca no forno por alguns anos, até que você possa colher o que plantou. E voillá, sua felicidade está pronta. Passe adiante.
Não. Acredito naquela felicidade que se encontra nas pequenas coisas. Não olhe-se no espelho com muita frequência. Não se preocupe em estar bonita sempre, preocupe-se em estar feliz consigo mesma. Cante no chuveiro, assista aquele filme que sempre te faz chorar, comendo uma bacia de pipoca com chocolate, sem importar-se com as calorias que aquilo possa ter. Mas não se esqueça da comédia, ela deixa tudo mais colorido. Fale pras pessoas diariamente o quanto elas são importantes para você e o quanto você as ama. Tenha tempo para a sua família, e não se esqueça dos amigos.
Deite sob as estrelas e as observe em silêncio. Absorva a energia que elas transmitem. Encontre alguém que entenda e aceite suas vontades e esteja disposto a realizar seus sonhos mais absurdos ao seu lado. Viaje. Preocupe-se menos com coisas materiais e mais com o bem estar.
            Mude frequentemente. Só assim você saberá realmente seu lugar no mundo. Faça o que gosta. Faça de seu trabalho, um hobbie. Ame a vida. Explore-se. Conheça-se. Só assim poderá conhecer os outros. Grite quando tiver vontade de gritar. Brinque. Saia sem rumo. Entregue-se às suas vontades.
Mas o mais importante: NUNCA deixe de ser você mesmo. Busque-se; mude, mas não perca sua essência. Cada pessoa é única, e tem qualidades que valem a pena serem mostradas. Então não esconda as suas. Não implore o afeto de ninguém, mas também não seja fria, nem impenetrável. Não tenha vergonha de se mostrar, nem de amar loucamente. Vergonha deve ter quem é desprovido do amor. E não se esqueça: A sua felicidade é você quem faz. 


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Antes a chuva, depois o arco-íris. Essa é a ordem



Você estava naquela festa, sentindo-se totalmente deslocada, com um copo de whisky na mão, tentando lembrar-se do que a havia feito ir àquele lugar desprezível. Claro, sua amiga – que agora estava dançando – fez questão de que você fosse, e você, como não sabe dizer não, acabou cedendo. Queria ir embora; levantou, mas, quando ia sair, uma mão quente pegou seu braço e te obrigou a sentar novamente.
Ele apresentou-se, depois puxou assunto. E o que tinha tudo para ser uma noite péssima, tornou-se agradável e até divertida. As horas passaram-se depressa, e quando você ia embora, ele pediu seu número do celular. Você passou.
Ele te ligou no dia seguinte, e no outro, e no outro. Cada vez mais interessado na sua vida, nos seus gostos, nas suas manias, na sua personalidade. Ele te fez rir quando você estava triste, e falou com você até conseguir dormir nos dias de insônia. Ele te ligou às duas da manhã para te contar sobre a noite super estranha que ele havia tido e a falta que você fazia.
Então um dia ele te convidou para sair, e seu coração acelerou. Como assim? Da onde havia saído aquela reação? Porque suas mãos tremiam? Porque você estava roendo as unhas? É, tarde demais. Você estava apaixonada. Não sabia como nem quando havia acontecido isso, mas não sentia vontade de parar. Entregou-se.
E então, quando você estava completamente dependente daquele sentimento, ele sumiu. As ligações não existiam mais; as conversas tornaram-se escassas; os encontros, raros. Você havia sido deixada sem aviso prévio.
Choros descontrolados, insônia, culpa, medo, solidão, nostalgia. Você não sentia mais vontade de fazer nada, queria apenas ele. Até lembrar-se das brigas se tornou algo agradável. Maquiagem pra que? Quem precisa estar bonita? Você saía e todos à sua volta pareciam ser ele. Mas não eram, aliás, ele não estava em lugar algum. Porque ele não voltaria.
E então, num dia quente de verão, alguns meses depois, você acordou e sentiu vontade de viver. Maquiou-se e até gostou do que o espelho refletia. Ligou para algumas amigas e saiu, conseguiu divertir-se. Depois, estudou. Valia tudo para não ter tempo de pensar nele. Era você aprendendo a lidar com o buraco que ele havia deixado.
Com o tempo, você não precisava mais inventar coisas pra fazer para ocupar sua mente, porque ele deixou de habitar seus pensamentos naturalmente, e agora, lembrar-se dele te fazia sorrir, e não chorar. Você passou a ter marcas aonde antes haviam feridas. Você começou a se apaixonar por você mesma, e a se preocupar com sua própria felicidade antes de qualquer coisa.
E num dia, desses que você acorda de bom humor, ele te ligou. Quis conversar. Quis te ver. E você percebeu que ele havia lhe proporcionado o amor mais intenso, e também a pior dor. Vocês não haviam colocado um ponto final, e talvez fosse por isso que você quis dizer que sim, ia se encontrar com ele. Mas não disse. Você ignorou seu coração – que queria manifestar-se – e negou. “Não, não vou encontrar-me com você, porque você não pensou duas vezes ao me deixar, e eu te amava. Você sabe o que é isso? Ah, claro que não sabe. Você não ama nem você mesmo. Esqueça, procure outra garota para iludir. Com meu coração você não brinca mais.” E desligou. 
Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, e você nunca ia esquecê-lo. Ele ia permanecer com você pelo resto de sua vida, e não havia solução. Seria apenas você com você mesma, sempre. Independente de quem estaria ao seu lado futuramente. Porque agora você não depositava mais sua felicidade em outra pessoa. Você mesma era capaz de completar-se. Às vezes vale a pena enfrentar uma tempestade, se depois vier o arco-íris.

domingo, 4 de setembro de 2011

O encaixe perfeito



        - Você é ridículo! – falei entre dentes
       - E você é fresca. Viu? Somos perfeitos um para o outro! – ele respondeu com ar de deboche
      - Não tenho tanta certeza. Não costumo me relacionar com pessoas insuportáveis como você.
      Ouvindo isso, ele fitou-me com seus olhos verde-esmeralda e sorriu. Sorriu como se fosse a última vez. Não disse nada, apenas beijou meus olhos, depois minha boca, indo em direção ao meu pescoço, mas parando no meio:
      - Eu te amo, sua idiota, e não sei o que seria de mim sem você! – ele sussurrou em meu ouvido.
      Foi minha vez de sorrir. Sim, eu também o amava. Porque mesmo com nossas imensas diferenças, nossos sentimentos pela metade e nossas inseguranças, nós nos completávamos. Porque era ele que eu esperava ter em meu lado pelo resto de minha vida. Porque sem ele, eu não seria nada.
      Abracei-o com mais força, e desejei nunca mais soltá-lo. E enquanto ele deitava em meu lado, eu me acomodei em seu peito, fechei meus olhos, inspirei seu perfume cítrico e em seus braços, adormeci.

domingo, 21 de agosto de 2011

Metamorfose


Complicada, mas nem tanto. Generosa, mas não boazinha. Criança, mas adulta. Extrovertida, mas séria. Apaixonada, mas não dependente. Míope, mas não cega. Compreensiva, mas não tola. Espontânea, mas não idiota. Independente, mas não sozinha. Sensível, mas muito forte. Ela era muitas em uma só, uma contradição de sentimentos, uma fusão de personalidades. Mas não entendam mal, ela era verdadeira. E sabia a hora certa de mostrar cada mulher que existia dentro dela. Ela não era vingativa, mas tampouco aceitava ser enganada. Ela nunca aceitou a perda de uma amizade, ou de um amor. Sempre lutou até o fim, mas é claro, nunca venceu.  E assim ela descobria que pessoas são como fumaça: impossíveis de prender. Era muito mais fácil ser e deixar as pessoas livres. Que voltem, se quiserem! Mas em uma coisa todas essas mulheres concordavam: Elas gostavam do silêncio. Porque ele podia dizer muito mais que palavras. Porque o silêncio podia expressar tudo que ela sentia. Porque o silêncio era capaz de conquistar, mas também de partir corações. E quando todos esperavam que ela falasse, gritasse ou chorasse, ela surpreendeu, mostrando que era forte. Ficando em silêncio ela provou para todos que era capaz de seguir em frente. E naquele momento, outra mulher passou a habitar em seu corpo e agora frágil coração. A mulher que tinha amor próprio, a mulher que sabia seu valor. A mulher que erguia a cabeça e se proibia de chorar. A mulher que acreditava em si mesma. Agora ela era capaz de se sentir confortável em meio à sua própria confusão. Ela não queria mais mudar as pessoas, era capaz de aceitá-las como eram. Ela não queria mais abraçar o mundo. Não desejava mais um amor de tirar o fôlego. Queria deixar suas vontades lhe guiarem. Não pensava mais mil vezes antes de fazer algo, ela simplesmente fazia. Se fosse para o amor acontecer, ele aconteceria. Mas ela não iria mais buscá-lo, sabia que seria inútil, pois o amor nunca acontece quando desejamos.

domingo, 14 de agosto de 2011

Olhe-se no espelho. O que você vê?



Pare. Desligue essa música. Fique no silêncio completo. Agora escute as batidas do seu coração. O que elas te dizem?  O que você guarda aí dentro?
Pare de se procurar em outras pessoas, pare de olhar para seu reflexo no espelho e achar que se conhece por isso. Não ignore a pessoa que existe dentro de você. Você se permite errar? Em que você acredita? Você sabe quem são os seus verdadeiros amigos? Você demonstra tudo o que sente ou guarda tudo para si mesmo? Você ama alguém? Essa pessoa sabe? Você sabe quem é indispensável em sua vida? O que te faz feliz?
Comece entendendo você mesmo, quem sabe assim você possa começar a entender quem você tanto gosta de julgar. Gastamos muito tempo julgando as pessoas que nos cercam, mas muitas vezes não conseguimos nem entender a nós mesmos. Então para que se preocupar em abraçar o mundo, quando você não consegue nem abraçar a si mesmo? Ame-se. Quem disse que amor próprio não é importante? Se conheça, explore-se. Não queira mudar o mundo, se não souber exatamente quem você é. 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Uma pergunta, milhões de respostas


Desde que o homem começou a interessar-se pelas ciências humanas o que lhe move é a eterna busca por respostas. Afinal, o que somos? Por que existimos?
Perguntas aparentemente simples como estas podem desencadear uma longa discussão. Um cientista provavelmente buscaria respostas lógicas, comprovadas cientificamente. Mas e ele, aonde entra nesta história? Um religioso buscaria respostas divinas. Recorreria à bíblia. Mas e a SUA opinião?
Com certeza não somos máquinas. Não somos programados para apenas comer, dormir e respirar. Não. A vida vai muito além disso. O ser humano vai muito além disso. Somos medo e insegurança, somos fé e cultura, somos amor e ódio, somos bons e somos maus. Somos uma fusão de sentimentos, extintos e sonhos.
O que acontece é que geralmente nos limitamos a apenas uma coisa. Ou sou cientista, ou religioso. Ou sou covarde ou sou corajoso. Esquecemos que podemos ser tudo. E esquecendo disso, esquecemos do nosso valor.
A razão da nossa existência pode ser respondida de forma diferente por cada um. Por isso a vida é tão interessante: passamos metade dela buscando respostas e a outra metade encontrando nosso lugar no mundo, sem saber que algumas respostas encontramos dentro de nós mesmos, e que nosso lugar no mundo é e sempre será onde nos sentimos completos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Meu pretérito perfeito



Eu te amei. Quando você me olhava, quando me fazia rir, quando me irritava e até quando me fazia chorar. Quando não me entendia e quando me mandava parar de falar tanto. Enquanto me abraçava, enquanto me ouvia, enquanto me beijava. Quando fazia minhas pernas tremerem ao te encontrar, meu coração acelerar e meus olhos brilharem ao te ver, quando provocava meu ciúme, quando era insuportavelmente chato ou encantadoramente gentil. Durante brigas e discussões, brincadeiras e reconciliações, eu te amei. Só não percebi isso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Você nunca estará sozinha



Eu mantive minha promessa. Todas as terças-feiras, exatamente às 3 horas da tarde, eu ia vê-la. Não importava se estava chovendo ou com sol, levava minhas cartas e deixava ao pé de seu túmulo. Sabia que ela não leria, mas de certa forma, era como se ela voltasse a ser minha, não apenas em memória. Eu sentava e olhava para sua foto, conversava com ela, contava minha vida, meus problemas, minhas alegrias, contava como quem sente que a outra pessoa está ouvindo. Por mais que eu soubesse que era apenas minha mente encontrando uma maneira de me consolar. Por mais que eu soubesse que não, ela não voltaria.
O problema só começava na hora da despedida, porque a dor era muito grande, e dizer adeus se tornava quase impossível. Mas eu precisava ir embora. Então simplesmente beijava sua foto, olhava de relance para o restante do cemitério, e entre lágrimas caminhava em direção à saída. Algum dia me acostumarei com isso, pensava sempre. O que eu não sabia era que pra se acostumar, a gente precisa esquecer, e eu não ia conseguir esquecê-la.

domingo, 24 de julho de 2011

Quando a amizade se transforma em amor



Praia deserta, pôr do sol, brisa leve, barulho do mar, ele, ela.
- Eu te amo. – ele sussurrou.
“você não faz ideia de quanto tempo esperei por isto. quando te via de longe, ou quando meus braços ‘ocasionalmente’ roçavam nos seus durante a aula de biologia, na qual sentávamos juntos, ou quando nos tornamos amigos e você me convidou pra sair, ou quando te vi com outras e quis morrer, e você no dia seguinte ainda fez questão de me contar detalhes. Eu me tornei sua melhor amiga, percebi depois de algum tempo. Ou quando nosso programa para o sábado a tarde era simplesmente não fazer nada, onde aqueles momentos embaraçosos sempre aconteciam, afinal, você sempre ria e eu sempre ficava hipnotizada por seus dentes perfeitamente brancos e alinhados, ou ainda quando seus olhos fitavam os meus, na esperança de encontrar alguma resposta para suas perguntas. Naquele dia que brigamos feio e você não me olhou por duas semanas, e depois, cansado de tentar ficar longe de mim, veio timidamente sentar-se ao meu lado na aula de biologia. Trocamos sorrisos, e ficou tudo bem. Ou aquele domingo que eu estava de TPM e você foi à minha casa e me aguentou reclamando da vida por horas, ou quando eu chorei e você simplesmente me abraçou e disse que ia ficar tudo bem. Em todos esses momentos, meu único desejo era te abraçar e dizer o quanto eu te amava, mas sabia que você não entenderia, afinal, eu era sua melhor amiga. Mas aqui está você hoje, dizendo que me ama. Realizando meu sonho secreto. Espero que você não esteja mentindo, porque se estiver, saiba que terá partido meu coração.”
- Eu também. – ela respondeu.
Ele beijou-a como há muito tempo queria fazer, e naquele momento, eles souberam que eram perfeitos um para o outro.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que seria de nossa vida sem amigos?



Aos meus amigos distantes e aos que fizeram parte da minha infância. Aos que me viram crescer, aos que não falo muito e aos que falo sempre. Aos amigos que são como irmãos e aos indispensáveis. Aos que sempre estão por perto e aos que sumiram. Aos que vejo todos os dias e aos que quase não vejo. Aos virtuais e aos amigos da família. Aos amigos de uma tarde e aos de uma vida. Aos amigos que parecem meus pais e aos que parecem meus filhos. Aos que xingam e aos que ouvem. Aos que protegem e aos conselheiros. Aos amigos professores e aos amigos colegas. A todos os amigos que marcaram e continuam marcando minha vida, um feliz dia do amigo.
Escolhemos o dia 20/07 para dizermos às pessoas que amamos o quanto elas são importantes em nossas vidas, e é isto que eu estou fazendo. Não importa a situação, se estivermos juntos, então venceremos! Não importa o dia, não importa a hora, amigos são para todos os momentos. Amigos de verdade, acreditam em nós quando nós já não acreditamos mais. Amigos de verdade sabem quando devem falar, mas também sabem o momento de ficar em silêncio e ouvir.  Amigos de verdade são aqueles que nos entendem, mesmo quando nós não nos entendemos mais. Amigos de verdade são aqueles que nos acompanham em nossas maiores loucuras. Amigos de verdade são aqueles que entendem nosso mau humor, que não importa a direção que a vida lhes leve, sempre voltarão. Não tem distância que separe amigos de verdade, porque estes têm uma ligação invisível aos olhos, que meros quilômetros não são suficientes para desfazê-las. Amigos de verdade aguentam nossas chatices. Amigos de verdade brigam de vez em quando, mas não é por isso que deixam de se amar. Amigos de verdade são aqueles que resistem ao tempo, que sabemos que estarão ao nosso lado, quando nossos cabelos ficarem brancos. São aqueles que verão nossos filhos crescerem, e, ao nosso lado, lhes contarão o quanto éramos loucos! Amigos podem até se distanciar, podem até não estarem presentes no futuro, mas com certeza serão lembrados com saudade por alguém que jamais os esquecerá.
Sabemos quem são nossos amigos de verdade, sabemos quem merece cada palavra escrita acima. Não precisamos gritar aos quatro ventos, falar baixinho, apenas para eles, já é o suficiente. Porque melhores amigos sabem a importância que tem em nossas vidas!
Eu amo vocês! Nunca se esqueçam. 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pequena palavra, Grande sofrimento



O abracei com mais força, e uma lágrima quente escorreu silenciosamente por meu rosto, pingando em sua camisa. Era uma parte de mim que ia com ele, e seria difícil viver somente com a metade.
Não queria ouvi-lo dizer a palavra que nos afastaria. Não queria dizer adeus.  Mas eu precisava deixá-lo partir. Às vezes é mais difícil ir embora que ser deixada, e eu precisava entender isso. Embora não quisesse. Embora doesse.
          Foi ele quem se afastou do abraço. Olhou em meus olhos pela última vez, e também foi ele quem disse Adeus. Enquanto eu sentia uma nova onda de lágrimas surgindo, enquanto um nó formava-se em minha garganta, enquanto eu sentia um leve roçar em meus lábios. Enquanto eu o via se afastar, e depois sumir no horizonte.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Apenas uma pergunta,



Cão e gato, fogo e água, 
a atual namorada e a ex, 
o céu e o inferno, 
o garçom e o bêbado, 
o espelho e a pessoa anoréxica, 
a balança e a mulher gorda, 
o coração e o cérebro.

Então, será que o ódio realmente afasta?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O lado que fica



           Obrigava-me a ficar calmo enquanto a avistava ao longe. Ela estava linda, como sempre, mas, enquanto se aproximava percebi que algo havia mudado. Seus olhos tentavam evitar os meus; Sua boca estava ligeiramente fechada, mas mordia o lábio inferior, e suas mãos estavam tremendo levemente.
            A abracei. Eu a conhecia o suficiente para perceber que meu toque não causou arrepios em sua pele e seu coração tampouco acelerou. Afastei-me. Foi quando ela disse:
             - Tenho tentado, com sucesso, fingir que nada estava acontecendo. Mas como dizem, chega uma hora que precisamos tirar as máscaras e mostrar o que sentimos realmente, sem omitir nem inventar nada. Apenas sermos sinceros e honestos conosco e com as pessoas ao nosso redor. Há tempos que seu abraço não me faz sentir segura, que sua voz não soa como música em meus ouvidos, que seu toque não causa arrepios em todo meu corpo, que seu beijo não me desperta desejo, e nem sua presença acelera meu coração. E eu, como te amava – ou estava apenas acostumada a dizer que te amava, não sei – resolvi ocultar e fingir entusiasmo, fingir preocupação e fingir sentimento. Você ainda é muito importante pra mim, apenas não mais do mesmo jeito. E é exatamente por isso que eu não posso mais continuar te enganando. Desculpe.
                  Deu um beijo em meu rosto e foi embora, deixando-me ali, parado, estupefato e com lágrimas nos olhos. “eu te amo”, sussurrei para o vento.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O amor e suas surpresas



         Ele estava a apenas alguns metros de mim, e eu o observava com cautela para que não fosse percebida. Podia quase sentir seu cheiro, mas ainda assim, ele estava distante. Distante demais para que eu pudesse alcançá-lo, distante demais para que eu sequer falasse alguma coisa.
             Tentava lembrar-me quando foi que as coisas ficaram tão frias, mas não conseguia. Tudo mudou de forma rápida, sem que nós nos déssemos conta. Viramos amigos, ou apenas meros conhecidos.
           Senti vontade de voltar atrás, de ver em que ponto exatamente nós nos separamos. Porque somos assim, precisamos estar diante de uma situação desconfortável para então, analisarmos os fatos com o devido cuidado. Para então, descobrir que não somos indiferentes àquela pessoa. Descobrir que há algum sentimento. E o famoso vazio começa a habitar nosso corpo.
         Continuava encarando-o, estática, quando ele virou-se, percebeu minha presença e encontrou meu olhar. Sorriu e, lentamente, aproximou-se.
         Só parou quando ficou a centímetros de mim. Pegou minha mão e a levou até seu peito. Senti seu coração, tão acelerado contra minha mão. E, como num gesto involuntário, minha outra mão pousou em meu peito. Nossos corações estavam em sintonia.
         – Veja – ele disse – é isto que você causa em mim!
       Sorrindo, dei um beijo leve em seus lábios e de repente, tudo fez sentido. Nós havíamos nos afastado para que o destino nos unisse novamente no momento certo.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Onde está a sua felicidade?



        Era apenas mais uma manhã límpida, e eu estava novamente sem ter o que fazer. 
       Há anos meu único desejo é poder descer desta torre, fugir deste castelo, mas não posso, apenas vejo os dias passarem através desta pequena janela e desta imensa altura, que me afastam do restante do mundo. Foi decretado por meu pai quando era pequena que moraria neste quartinho com apenas uma cama, até que um príncipe, corajoso suficiente e que esteja disposto a derramar seu próprio sangue apenas para me libertar, ter-me em seus braços, suba até aqui, me liberte e assim, esteja livre para viver comigo pelo resto de sua vida.
          Depois que vi o terceiro desistir na metade e ir embora, simplesmente comecei a desacreditar no amor, e aprendi a apenas ver a vida passar. Para mim era muito mais fácil imaginar o amor e ler sobre ele do que senti-lo. Conhecia pouco sobre o assunto, mas o pouco que conhecia me alertava para fugir dele com todas as minhas forças.
        As criadas de meu pai já me falaram que não posso ter medo de viver.  Que devo fazer de meus sonhos, metas, e ir à busca deles.  Mas às vezes, quando você tem um grande sonho, você também tem um pouco de medo de vê-lo realizado. E se não for tudo que eu imaginei? E se depois eu descobrir que não era exatamente isso que eu queria? Mas confesso, hoje acordei com ânsia de viver, ânsia de sentir meus pés na grama fresca, de correr, de sentir o sol queimar minha pele. De sentir-me livre, finalmente, para poder criar minha própria história, e não mais viver na sombra da história de meu pai.
         Era isto. Eu iria fugir. Eu iria provar desta liberdade. E se depois não for o que eu imaginava? Bom, pelo menos saberei como é. Não precisarei mais dormir à noite e imaginar, porque eu estarei vivendo meu sonho. 
         Estava tudo pronto, não iria levar nada. Apenas algum dinheiro. Ouço batidas na porta. Era a criada. Abri para ela e, enquanto ela entrava, saí correndo, descendo vários lances de escadas, e depois, finalmente, parando em frente a uma porta. Pensei novamente se era isto mesmo que eu queria. Era. Abri a porta, e senti, pela primeira vez, o sol ofuscando meus olhos.
        E enquanto eu corria, percebi, que não importava quantos príncipes tentariam escalar aquela torre, a única pessoa capaz de me fazer feliz, naquele momento, estava correndo de pés descalços floresta adentro.

domingo, 10 de julho de 2011

Quando a realidade se torna um pesadelo


          Acordou assustada. Olhou a sua volta, nada havia mudado. Tremia e seu coração estava acelerado, tinha tido mais um de seus pesadelos horríveis. Se relatasse a alguém, essa pessoa certamente não sentiria tanto medo, pelo contrário, poderia até rir e achar totalmente banal.
         Sonhara com o nada. Ela, a floresta, uma trilha e o desespero de se ver perdida. Olhava para frente sem enxergar direito, mas via um vulto. Um vulto que se aproximava lentamente, tomando a forma de um homem. Mas não era um homem qualquer, era ele, a única pessoa que ela desejaria ver naquele momento.
        De repente o medo se transformou em alívio, e sentindo-se completamente feliz, correu ao seu encontro e o abraçou. Disse que havia sentido sua falta e que o amava com todas as suas forças. Quando percebeu que ele não estava retribuindo seu abraço e sua expressão era de total frieza, seus olhos que muitas vezes brilharam ao lhe ver estavam indiferentes.
       Como se ela tivesse encontrado a última peça de um quebra-cabeça, ela entendeu. Aquilo fora um adeus, nada mais fazia sentido para ele. Agora ela fazia parte do passado, uma peça insignificante. Não havia mais amor.
       Sentiu um torpor, como se o chão tivesse se partido em dois e ela estivesse caindo no buraco que separava os dois lados. Queria correr, livrar-se do aperto em seu peito e fugir. Pra qualquer lugar. Esquecer dele e dos momentos ao seu lado. Mas não era possível apagar o que passou.
       Voltou à realidade, mas não completamente. O lugar em sua cama continuava vazio. Ele de fato não estava mais ali. Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto e a sensação de abandono tomava conta de seu ser. Tentando esquecer aquilo tudo, ela fechou os olhos inundados de lágrimas, virou de lado em sua cama e mergulhou novamente no desconhecido.

sábado, 9 de julho de 2011

A forma mais sincera de amor

           
              Melhor amigo. Aquele que é chato, idiota, petulante e abobado, mas que você ama. Aquele que te xinga, mas que você não vive sem. Aquele que te da os melhores conselhos ou simplesmente escuta você falar. Aquele que sempre está do seu lado, independente da situação. Aquele que faz as pessoas lhe pedirem “é seu namorado?” de tão carinhoso que é com você. Aquele que parece seu irmão, porque te protege de tudo e de todos. Aquele que vive te fazendo rir. Aquele que te abraça forte e escuta você chorar.  Aquele que já faz parte da sua família, que conversa com a sua mãe como se fosse a dele, mas que ainda tem medo do seu pai. Aquele que poderia escrever uma biografia sobre você se quisesse. Aquele que te liga de madrugada, apenas para te acordar e te deixar irritada. Aquele que não consegue ficar muito tempo brigado com você. Aquele que você espera que seja seu padrinho de casamento. Aquele essencial, que você não se imagina vivendo sem. Aquele que você quer levar pra vida toda, porque verdadeiros amigos são assim, podem ter suas diferenças, podem ser chatos e idiotas, mas no fim das contas, são deles as suas melhores lembranças!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Siga em frente



        Continue. Não importa se seu coração foi partido, se você está magoado ou com problemas. Não se submeta a eles. A vida é só uma. Não perca as oportunidades. Seque essas lágrimas e mostre ao mundo que sim, você é forte!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sem expectativas, sem decepções



      Amar é complicado, pois sempre esperamos demais da outra pessoa. Na maioria das vezes, mais do que ela pode nos dar. Esperamos que a pessoa corra atrás, se importe, nos ligue, se interesse, nos diga coisas bonitas, nos surpreenda, esteja sempre disponível, enfim, esperamos que o outro seja como um personagem de contos de fadas. Mas esquecemos que essa pessoa também é humana, e humanos cometem erros e tem medos, humanos escondem seus sentimentos e se bloqueiam para o amor. E nesse esperar demais, surgem as decepções. Talvez, se aceitássemos primeiro os seus erros, e parássemos de nos vincular a contos de fadas poderíamos conviver melhor com essa coisa que chamamos de amor.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Até aonde vai a sua coragem?


     Um beco escuro ou ruas desertas? Até a primeira esquina ou até onde seus pés forem capazes de aguentar? Lugares conhecidos ou aquele  que sempre lhe causou curiosidade, mas também aquele arrepio de medo? Esconder-se embaixo de um cobertor ou enfrentar seus problemas de cabeça erguida? Recuar ou avançar? Chorar por dias ou secar as lágrimas e começar tudo de novo? Acomodar-se ou ir em busca de seus sonhos? 
      O ser humano é insatisfeito por natureza, mas você só alcança seus objetivos se souber contornar os obstáculos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O tipo de saudade que nunca passa



Era como se eu fosse um passarinho aprendendo a alçar vôo, quando tudo que ele mais quer é manter-se no ar, sem cair. Pode ser estranha esta comparação, mas foi assim que me senti. Precisava chegar até a mesa, onde estava meu objetivo, mas não conseguia mover-me. Minha cabeça girava e meus pés estavam pesados demais para serem tirados do chão. Sabia que não era certo o que estava por fazer, mas eu desejava aquilo mais que qualquer outra coisa.
Cambaleando, cheguei à mesa, e, pegando o que estava sobre ela, tentei colocar um pouco em meu copo, mas, achando aquela tarefa difícil demais para o momento, desisti. Agarrei-me ao litro e Whisky e cambaleei até a janela mais próxima.
Olhei as estrelas e o modo como elas estão posicionadas no céu. Nunca consegui ver com clareza os signos do zodíaco, nem acreditei muito em astrologia, mas sabia, de alguma forma, que não estava sozinha. Alguém, a quilômetros de distância, poderia estar contemplando o mesmo céu, e procurando os mesmos desenhos. Alguém que eu não conhecia poderia estar, mesmo que indiretamente, se relacionando comigo. Talvez compartilhássemos mais que as estrelas, mais que a lua, mais que o céu. Talvez, estivéssemos compartilhando também a mesma dor.
Mas eu não ligava, porque, aquela noite era noite de lua cheia. E eu não precisava mais me sentir sozinha. Lágrimas começaram a cair por meu rosto agora frio e pálido, trazendo à tona lembranças que eu venho tentando desesperadamente esquecer.
Conseguia lembrar-me com clareza os traços perfeitos de seu rosto, os olhos profundos e intensos, o seu toque macio, e até seus lábios sob os meus. Mas, como num choque de realidade, percebi que não importava o quanto eu quisesse, ele não seria trazido de volta.
            Não deitaríamos mais sob as estrelas nem contemplaríamos a lua. Ele não iria mais buscar-me na escola, nem iríamos juntos tomar sorvete nas tardes entediantes de domingo, eu não veria mais seus olhos fitando-me como quem procura alguma coisa. Não sentiria seu toque nem seus beijos outra vez. Não ganharia um abraço apertado toda vez que eu chorasse, nem gastaria minhas palavras tentando encontrar um modo de dizer para ele o quanto o amo. Isso porque ele não está mais aqui. Isso porque mortos não sentem saudade, nem prazer, nem tampouco podem nos abraçar nos momentos difíceis. Mortos não nos levam para tomar sorvete, nem contemplam estrelas.
            Quando a única pessoa que você realmente amou, lhe deixa, você agarra qualquer lembrança que o possa trazer de volta, para mim, era a lua. Enquanto ela aparecesse, eu sabia que não importava o quanto estivéssemos separados, seria como se ele ainda estivesse ao meu lado. Seria como se nada tivesse mudado.         

domingo, 3 de julho de 2011

Não adianta


            
        Não adianta você ter sonhos se não fizer deles, metas. Não adianta você prometer se não pode cumprir. Não adianta você se dizer apaixonado se não pretende assumir. Não adianta você criticar, se não aceitar críticas. Não adianta você querer lutar, se não está disposto a correr riscos. Não adianta você sorrir, se seu interior estiver chorando. Não adianta você ter um milhão de amigos, se não pode contar a nenhum seus segredos. Também não adianta você querer ser feliz, se não estiver buscando a felicidade.

sábado, 2 de julho de 2011

Quando o papel é a única coisa que você tem

           
            
            Risos, choros, experiências, momentos, sentimentos, solidão, tudo isso viram textos. Há quem fale, há quem cante e há quem escreva. Todas, de certa forma, são alternativas que alguém encontra para fugir da realidade. São aqueles minutos em que as coisas são do jeito que você quer que sejam, que você se sente poderoso por simplesmente poder controlar o que acontece. É aquele sentimento de leveza, quase como gritar com alguém, ou quebrar um vaso quando se está com raiva. É o papel que você precisa para enxugar suas lágrimas, é uma companhia quando bate a solidão e também é o ouvido que você precisa para contar o quão feliz está.            
            Por muito tempo fiquei pensando se criaria um blog. E se seria muito egoísmo de minha parte se não o fizesse. Quando perdi uma parcela do medo que sinto de não ser aceita, e mostrei a alguns amigos o resultado do que gosto de fazer, percebi que era aquela vergonha de se mostrar que me movia. Percebi que se você escreve, mas não mostra a ninguém, suas palavras não valem nada. Percebi que escrever para si mesmo é reconfortante, mas não é o suficiente.
        Essa garota que semana passada escrevia apenas para desabafar, hoje decidiu compartilhar suas palavras com o mundo.