segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Então, o que te traz felicidade?


Será que precisamos realmente seguir arisca o que a sociedade impõe? Quer dizer, você nasce, cresce, amadurece, apaixona-se, casa-se e morre?
Cresci ouvindo (da sociedade inteira) que a fórmula para uma vida feliz e completa é ter um bom emprego, ter um corpo capaz de causar inveja (lê-se: magro, mas com curvas, sem nenhuma celulite, sem estrias e de preferência, com tudo durinho), ser vaidosa, ter um bom marido, ter em média dois filhos e um cachorro, e morrer rodeada por netos e bisnetos.
Nunca aceitei muito esse script. Então quer dizer que se eu não quiser ter filhos nem casar-me, tiver aversão a cachorros, ser gordinha e pouquíssimo vaidosa, serei menos feliz? Se eu quiser viajar pelo mundo, conhecer, explorar, realizar aqueles sonhos de quando se é criança e se acha que pode abraçar o mundo, estarei sendo insensível ou insana? Então quer dizer que a felicidade não é algo particular, é algo imposto, como se fosse uma receita. Faz-se felicidade acrescentando filhos a uma tigela com marido e mexendo-se bem, até isto engrossar, depois se coloca no forno por alguns anos, até que você possa colher o que plantou. E voillá, sua felicidade está pronta. Passe adiante.
Não. Acredito naquela felicidade que se encontra nas pequenas coisas. Não olhe-se no espelho com muita frequência. Não se preocupe em estar bonita sempre, preocupe-se em estar feliz consigo mesma. Cante no chuveiro, assista aquele filme que sempre te faz chorar, comendo uma bacia de pipoca com chocolate, sem importar-se com as calorias que aquilo possa ter. Mas não se esqueça da comédia, ela deixa tudo mais colorido. Fale pras pessoas diariamente o quanto elas são importantes para você e o quanto você as ama. Tenha tempo para a sua família, e não se esqueça dos amigos.
Deite sob as estrelas e as observe em silêncio. Absorva a energia que elas transmitem. Encontre alguém que entenda e aceite suas vontades e esteja disposto a realizar seus sonhos mais absurdos ao seu lado. Viaje. Preocupe-se menos com coisas materiais e mais com o bem estar.
            Mude frequentemente. Só assim você saberá realmente seu lugar no mundo. Faça o que gosta. Faça de seu trabalho, um hobbie. Ame a vida. Explore-se. Conheça-se. Só assim poderá conhecer os outros. Grite quando tiver vontade de gritar. Brinque. Saia sem rumo. Entregue-se às suas vontades.
Mas o mais importante: NUNCA deixe de ser você mesmo. Busque-se; mude, mas não perca sua essência. Cada pessoa é única, e tem qualidades que valem a pena serem mostradas. Então não esconda as suas. Não implore o afeto de ninguém, mas também não seja fria, nem impenetrável. Não tenha vergonha de se mostrar, nem de amar loucamente. Vergonha deve ter quem é desprovido do amor. E não se esqueça: A sua felicidade é você quem faz.