- Você é ridículo! – falei entre dentes
- E você é fresca. Viu? Somos perfeitos
um para o outro! – ele respondeu com ar de deboche
- Não tenho tanta certeza. Não costumo
me relacionar com pessoas insuportáveis como você.
Ouvindo isso, ele fitou-me com seus olhos
verde-esmeralda e sorriu. Sorriu como se fosse a última vez. Não disse nada,
apenas beijou meus olhos, depois minha boca, indo em direção ao meu pescoço,
mas parando no meio:
- Eu te amo, sua idiota, e não sei o que
seria de mim sem você! – ele sussurrou em meu ouvido.
Foi minha vez de sorrir. Sim, eu também o
amava. Porque mesmo com nossas imensas diferenças, nossos sentimentos pela
metade e nossas inseguranças, nós nos completávamos. Porque era ele que eu
esperava ter em meu lado pelo resto de minha vida. Porque sem ele, eu não seria
nada.
Abracei-o com mais força, e desejei nunca
mais soltá-lo. E enquanto ele deitava em meu lado, eu me acomodei em seu peito,
fechei meus olhos, inspirei seu perfume cítrico e em seus braços, adormeci.