domingo, 4 de setembro de 2011

O encaixe perfeito



        - Você é ridículo! – falei entre dentes
       - E você é fresca. Viu? Somos perfeitos um para o outro! – ele respondeu com ar de deboche
      - Não tenho tanta certeza. Não costumo me relacionar com pessoas insuportáveis como você.
      Ouvindo isso, ele fitou-me com seus olhos verde-esmeralda e sorriu. Sorriu como se fosse a última vez. Não disse nada, apenas beijou meus olhos, depois minha boca, indo em direção ao meu pescoço, mas parando no meio:
      - Eu te amo, sua idiota, e não sei o que seria de mim sem você! – ele sussurrou em meu ouvido.
      Foi minha vez de sorrir. Sim, eu também o amava. Porque mesmo com nossas imensas diferenças, nossos sentimentos pela metade e nossas inseguranças, nós nos completávamos. Porque era ele que eu esperava ter em meu lado pelo resto de minha vida. Porque sem ele, eu não seria nada.
      Abracei-o com mais força, e desejei nunca mais soltá-lo. E enquanto ele deitava em meu lado, eu me acomodei em seu peito, fechei meus olhos, inspirei seu perfume cítrico e em seus braços, adormeci.