quinta-feira, 11 de julho de 2013

Página em branco

Eu apenas encarava aquela página em branco sem conseguir escrever nada. Nem uma palavra. Nada. Apenas o vazio, no coração e na mente, que se refletiam na minha falta de inspiração. Inspiração talvez nem seja a palavra certa, talvez eu precisasse de um motivo pra escrever. É verdade, tenho passado os últimos meses ocupada demais entre trabalho e faculdade - é gente, uma hora eu tinha que crescer - e deixei de lado um pouco o meu lado sonhador, e, sem ele, nenhuma frase que eu escrevia parecia boa o suficiente.

Há poucos dias, tenho me permitido sonhar mais, viver e (porque não?) sentir mais. Pode parecer brincadeira, mas eu percebi que ainda sou aquela garotinha assustada de antigamente, a diferença é que agora sei esconder e proteger ela. Percebi que a gente pode mudar o cabelo, a fisionomia, o modo de viver, a rotina, as roupas, mas não podemos mudar a nossa essência. Ela é imutável. E com essa experiência percebi que minha essência está também em minhas fraquezas, e que era erro meu tentar escondê-las. Tentar parecer forte o tempo inteiro é burrice e imaturidade, então eu assumi. Eu disse com todas as letras que estava doendo e que eu me importava. Eu disse que sentia saudades. Disse que amava. Disse que era importante pra mim. Disse a todos o que eu nunca havia dito. E isto me libertou.

Tenho alguns dos textos meio confusos e perdidos que escrevi neste quase um ano afastada, e vou compartilhá-los com vocês. Se alguém se identificar com algum, ou se estiver em dúvida sobre o que fazer da sua vida daqui pra frente, lá vai meu conselho: Feche seus olhos e tente se imaginar em um futuro próximo. Como você se vê? .. Agora abra os olhos, e me responda: vale a pena? Olhe para você e me diga,  O que falta para você tomar sua decisão? Você está perdido porque? Eu soube responder. Estava perdida porque tentava me encontrar.

Agora finalmente consegui. Eu me encontrei.
Voltei. 

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