domingo, 19 de outubro de 2014

Auto destruição


               Você se julga tão inteira, tão completa, tão pronta, mas não passa de uma menina assustada que nunca cresceu. Você se diz tão mudada, tão adulta, tão autossuficiente, mas chora todos os dias por ser quem é. Eu sei. E dentre todas as pessoas que você diz serem seus amigos, eu fui a única que pegou você pela mão, e te conduziu quando você não sabia aonde estava. Te abracei quando você achava ter perdido tudo. Insisti tanto, que esqueci que era você quem não queria ser ajudada. E eu cansei. Já não espero mais nada de você, além de tentativas frustradas de chamar a atenção. E enquanto você cospe certezas para esconder suas fraquezas, eu as admito. Enquanto você mostra ao mundo que está bem, eu me refaço em silêncio. Você vive de aparências. Mas lamento te informar, que ninguém vive de beleza por muito tempo. Você precisa de um objetivo, caso contrário, não será ninguém. Como diria William Shakespeare, “Se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve”. E eu lamento por você não saber. Mas eu tentei. Lavo minhas mãos.

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